Comece de novo. Por dentro.
- Ariadne Lecher Possibom
- 7 de fev. de 2019
- 3 min de leitura

Viver não é fácil. Tantos sonhos, tantas vontades, tantas metas, tantos objetivos. Passamos muita parte do nosso tempo imaginando e planejando cada um para, depois, passarmos mais tempo ainda nutrindo e construindo sonho por sonho, objetivo por objetivo.
Daí, perdemos a contagem de horas extras no trabalho, vivemos enfiados em cursos e palestras, passamos muitos finais de semana sem sair com os amigos ou com a família para estudar, etc. Até aí, tudo parece bem. O seu esforço e o seu suor parecem estar rendendo. Os nossos sonhos parecem estar cada vez mais perto de se realizarem. Como é boa a vida!
E a vida, sendo vida, aparece de tempos em tempos para nos lembrar que ela não é só boa. O trânsito faz você perder uma prova importante, alguém furtou sua carteira na rua, o seu cachorro fica doente, um outro motorista fecha o seu carro, a chuva alagou a sua casa, o celular cai no chão e quebra, você perde o emprego... Quando tudo parecia ir bem, alguém te elenca numa novela mexicana e você começa a ver desgraça atrás de desgraça.
Nessas horas, percebemos as nossas falhas, nossos defeitos e nossas impotências. É tanta coisa acontecendo junto que parece que você não vai dar conta. Tudo o que construímos até então para realizar aquele sonho tão desejado parece ter sido em vão. Perda de tempo. Burrice, até. Nos sentimos uma pulga num mato sem cachorro. Pequenas, fracas e fracassadas.
Vivemos nesse marasmo por um tempo. Autoestima no chão mas, seguimos fazendo o que for possível fazer. Por vezes, é necessário parar de perseguir aquele sonho para conseguir manter a sobrevivência, mental, inclusive.
Então, quando menos esperamos, as coisas começam a melhorar! Nem sempre do jeito como a gente gostaria mas, melhora é melhora. A vida volta a mostrar seu lado positivo! Passamos para um novo semestre no curso, encontraram os documentos que estavam na carteira furtada, o seu cachorro já está com boa saúde, o trânsito está mais tranquilo, você conseguiu recuperar o que perdeu naquele alagamento, você encontrou outro emprego e conseguiu comprar outro celular. "Que alívio! Não sou mais uma pulga!".
O que mudou? Por que deu certo?
Tudo ficou melhor, porque você mudou. De dentro para fora.
Veja, quando estamos no fundo do poço, junto com a Samara, somos obrigados a olhar para nós mesmos. Obrigados porque aquilo que vemos em nós nesse momento específico são coisas que não queremos ver normalmente: fraquezas, medos, inseguranças, dúvidas... É a tão conhecida "baixa autoestima".
Assim, no meio de toda aquela desgraça, você precisou seguir o seu caminho mais consciente desses seus aspectos. Ou seja, "tirar leite de pedra". Apesar de se sentir incapaz, fraco e impotente, os boletos e as responsabilidades continuaram aí, e você teve que dar conta do que era possível dar conta.
Se analisarmos só as coisas das quais você deu conta nesse período, podemos perceber que você ainda é forte, criativo e capaz. Então, à medida em que você vai tomando consciência disso, você vai mudando e os seus problemas se resolvem, um por um. Você sai do marasmo de "ó dor, ó vida", com foco no problema, e começa a trabalhar nas soluções, ainda que pequenas. Afinal, o que você viveu e conquistou ainda existe: em você.
Defeitos, todo mundo tem. Inclusive você. Mas não é isso o que te impede de alcançar os seus sonhos. É você mesmo, ao escolher se ver apenas como fraco e impotente, ao invés de se ver por inteiro.
O ponto é: você tem ótimas qualidades que também merecem destaque nos seus momentos de turbulência! Valorize-se.
Se você não estiver conseguindo perceber as suas qualidades, eu posso te ajudar! O meu contato é 98787-4729. Fico à disposição. Até breve!
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